O dia em que Jerry Lewis odiou Monty Python
Teve uma vez em que Jerry Lewis odiou Monty Python com toda a força do mundo. E eu vou contar essa história:
Lewis era o rei da França. Toda vez que ele chegava naquele país, era ovacionado. Até que chegou o Monty Python e tirou o trono dele.
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Em 1982, Martin Scorsese lançou O Rei da Comédia, que conta a história de um apresentador de TV, interpretado por Jerry Lewis, que é sequestrado pelo aspirante a comediante Rupert Pumpkin (Robert De Niro). Para escapar da situação, Jerry concede a Rupert espaço em seu programa de TV, de forma que ele possa apresentar seu número.
O filme foi um sucesso e recebeu todo tipo de consagração.
CANNES
De acordo com o site Cracked, esse filme deveria ter sido a maior conquista de Jerry Lewis. Afinal, ele estava no Festival de Cinema de Cannes, em 1983, estrelando um filme de Martin Scorsese.
Ele estava na França, onde era tratado como um deus do cinema e da comédia. “Todas as revistas da França escrevem sobre mim. Aqui está uma foto minha no aeroporto com minha bagagem”, disse Lewis, durante uma entrevista.
Tudo se alinhava para um festival cheio de prêmios. Além disso, Lewis estava recebendo as melhores críticas de sua carreira.
Só que, quando chegou a hora de Cannes entregar os prêmios, O Rei da Comédia foi ignorado.
SURPRESA
Para a grande surpresa de Jerry Lewis e de James Mason, o apresentador do prêmio, o vencedor do Grand Prix foi o filme O Sentido da Vida, do Monty Python.
Na hora do anúncio, os Pythons ficaram tão surpresos quanto qualquer um. Ou seja, Cannes adorou aquele filme.
Um cineasta disse a Terry Gilliam que foi “a melhor coisa que Monty Python já fez”.
LEWIS
Durante a entrega do prêmio, os membros do Monty Python se tornaram o centro das atenções. “De repente pude sentir esse calor nas minhas costas”, disse Terry Gilliam.
“Eu me virei e lá estava Jerry Lewis, vermelho como uma beterraba, olhando com raiva porque estávamos no caminho dele. Estávamos na França e a câmera estava interessada em nós, e ele nos odiava. Eu realmente podia sentir o calor saindo desse homem. Seu rosto estava cheio de ódio”.
Por fim, Terry Gilliam disse que tudo foi fantástico.