Terry Gilliam recebe prêmio na Itália
Terry Gilliam está na Itália!!
Sim! Ele está lá para receber mais um prêmio. E, dessa vez, é o prêmio Ennio Flaiano, pela sua carreira em prol do cinema.
De acordo com o jornal Il Fatto Quotidiano, o mais difícil de tudo é tentar entender como um diretor com tantas obras na bagagem ainda consegue ser bastante modesto.
Caro Terry, O Teorema Zero, é um filme sobre esperança?
“Há pouca esperança. Eu esbocei a personalidade típica nos dias de hoje. Vivemos em um mundo tão conectado a números e cálculos que é quase impossível exercer livremente a imaginação. Eu gosto de fazer filmes que incentivam as pessoas a explorar suas imaginações. Quero que as pessoas se divirtam assistindo meus filmes, saindo da zona de conforto a que estão acostumadas”.
Você tem uma página no Facebook muito irreverente, onde você se diverte produzindo montagens intermináveis de si mesmo.
“Sim, Eu gosto muito do Facebook, mas prefiro continuar me inspirando com a chuva, o mar, as nuvens. Estar online é viciante: Eu tento me desligar, tanto quanto possível”.
O que te faz feliz?
“A valorização do público”.
O que é Dom Quixote para você?
“Dom Quixote quem?” (Risos).
Qual é o estado de saúde da sátira mundial?
“Não está muito bem. O ataque ao [jornal] Charlie Hebdo foi um choque. Sou contrário a qualquer extremismo cultural e religioso”.
Com quem você trabalharia na indústria cinematográfica contemporânea?
“Eu continuo querendo a Pixar, mas nada acontece. Talvez eles me temem”.
Quais são os seus diretores do coração?
“Federico Fellini era, para mim, um exemplo notável. Poderia transportá-lo para um nível sem precedentes em outros lugares. Lembro-me da primeira vez que vi Roma, parecia um documentário, mas era outra coisa”.