Site classifica 10 filmes de Terry Gilliam
O site PopMatters fez uma bela homenagem ao python Terry Gilliam classificando os 10 Filmes do diretor.
Segundo o site, o negócio de cinema é tão injusto que o exemplo perfeito de criatividade sufocada por fins comerciais é Terry Gilliam.
Ele faz filmes há 35 anos, e nesse tempo, ele conseguiu um cânone criativo de 10.
Compare isso com alguém como Shawn Levy (que fez o mesmo número de filmes em apenas 15 anos) ou Dennis Dugan (que Adam Sandler continua contratando, apesar do fato de que seus 14 filmes em 23 anos não são exemplos de capacidade), e você pode sentir a indignação de cinéfilo crescendo cada vez mais.
CINEMA
Agora, Gilliam tem algo novo chamado O Teorema Zero, e graças ao duas vezes vencedor do Oscar Christoph Waltz no elenco, muito já está se cogitando em Hollywood.
Neste post, o site PopMatters apontou os filmes pós-python, deixou de lado os curta-metragens e documentários.
10.
Irmãos Grimm Esse foi um filme extremamente comercial (com controle criativo completo), mas foi lançado com status cult para um enorme público.
O filme conta com os hollywoodianos Matt Damon e Heath Ledger, mas o chefe de estúdio Harvey Weinstein interferiu tanto, colocou tanta pressão sobre Gilliam nos bastidores que o diretor se sentiu “montado”.
Os resultados apareceram na tela, e o filme fez mais de US$ 100 milhões de dólares de bilheteria, o que teria sido bom, só que o orçamento foi de 88 milhões dólares.
9.
Jabberwocky Depois de terminar o trabalho em Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado (que ele co-dirigiu com Terry Jones), Gilliam estava ansioso para voltar para trás das câmeras.
Então, ele pensou neste filme de monstro com alguma sátira social e transformou-o em seu primeiro longa-metragem solo.
Os comentários foram mistos, mas o resultado final indicou o quanto o cineasta iria estabelecer sua própria voz no cinema.
8.
Tideland Um osso cinematográfico duro de roer.
Na verdade, existem duas versões do filme, uma lançada no exterior e outra para o público norteamericano. O cineasta odeia a última versão, muito comercial.
A história gira em torno de uma jovem que perde seu pai ao vício em heroína, enquanto a amizade com alguns excêntricos a preocupa com suas próprias questões.
7.
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus Gilliam nunca teve sorte como cineasta. Sua versão de Don Quixote nunca foi concluída devido a questões tão surreais que se tornaram a base de um documentário inteiro sobre o assunto.
Aqui, Heath Ledger morreu antes de completar todas as suas cenas, assim que o diretor contou com o favor dos amigos Johnny Depp, Colin Farrell e Jude Law.
Eles ajudaram a concretizar o material em falta, adicionando mais uma camada de surrealidade a um filme já transbordando com a assinatura dos alucinógenos de Gilliam.
O tema central, sobre o envelhecimento e a memória, é bem encapsulado pelo ator Christopher Plummer, enquanto o resto do filme brinca como uma paródia de todos os guias de auto-ajuda bobos.
6.
O Pescador de Ilusões De 1988 a 1998, Gilliam fez cinco obras-primas surpreendentes. Este é um filme bonito e doloroso.
É um olhar de forma positiva para a vida poética, talvez melhor exemplificado pelo insano mendigo interpretado por Robin Williams.
Uma vez que aprendemos a verdade sobre o que aconteceu com ele, e como Bridges está ligado ao mesmo, vemos a mensagem que Gilliam queria passar, e como é inebriante.
5.
Os Bandidos do Tempo Por que não podemos incluí-lo no rol das obras-primas? É um grande filme. E também é a base de todos os futuros vôos do cineasta Gilliam.
Por uma questão de fato, a cena final, onde Deus está proporcionando a exposição de tudo o que aconteceu parece estar ocorrendo diretamente dentro psique de Gilliam.
É ótimo, mas não verdadeiramente clássico.
4.
Os 12 Macacos Ninguém deu muita chance a este filme, na ocasião do seu lançamento inicial. Claro, O Pescador de Ilusões tinha sido um sucesso e ainda atingiu algumas temporadas de premiações.
Gilliam teve sorte na escolha do elenco, com Bruce Willis e Brad Pitt em ascenção na época. Eles transformaram o filme em um currículo do que eles e Gilliam fazem melhor.
3.
Medo e Delírio em Las Vegas Gilliam não foi o primeiro cineasta ligado a este projeto. Alex Cox, de Sid e Nancy estava com tudo pronto para dirigir a adaptação da obra do jornalista Hunter S. Thompson quando as tensões entre ele e o produtor levaram à sua demissão.
Gilliam entrou em cena, e com apenas 10 dias para elaborar um novo roteiro.
Johnny Depp e Benicio Del Toro são tão bons em seus papéis, tão realistas interpretando Raoul Duke e Thompson que você quase esquece quem eles são de verdade.
Em vez disso, eles habitam o mundo de Gilliam tão completamente que muitas vezes nos sentimos como vendo um documentário, e não uma obra de ficção.
2.
Brazil, o Filme Este é o filme que colocou seu nome no mapa.
Um exemplo impressionante de gênio criativo resumido a princípios distópicos de ficção científica.
Em essência, este é um filme sobre a fuga e a incapacidade para fazer isso.
Nosso herói, Sam Lowry, imagina-se um guerreiro alado contra a burocracia deprimente quando ele nada mais é do que uma peça em uma máquina complexa num futuro incoerente.
Alguns dizem que Gilliam foi profético com esse filme.
1.
As Aventuras do Barão Munchausen Por que é o número um? Por que nós escolhemos este antes de Brazil – O Filme, Os 12 macacos ou Medo e Delírio em Las Vegas?
Bem, a resposta é simples e também não é simples.
Em seu nicho, Gilliam é um artista mais parecido com Hans Christian Anderson do que qualquer um de seus colegas de Hollywood, e Munchausen ilustra este sentimento.
Ele tem todas as características de uma brincadeira de Gilliam (a história dentro de uma história), mas o resultado final é tão agradável, tão eterno em suas muitas delícias, que é tão eterno quanto qualquer conto de fadas poderia ser.
(com informações de PopMatters – 02-07-2013)