Site classifica 10 filmes de Terry Gilliam
O site PopMatters fez uma bela homenagem ao python Terry Gilliam classificando os 10 Filmes do diretor.
De acordo com o site, o negócio de cinema é tão injusto que o exemplo perfeito de criatividade sufocada por fins comerciais é Terry Gilliam.
Ele faz filmes há 35 anos, e nesse tempo, ele conseguiu um cânone criativo de 10.
Compare isso com alguém como Shawn Levy ou Dennis Duga, e você pode sentir a indignação de cinéfilo crescendo cada vez mais.
CINEMA
Agora, Gilliam tem algo novo chamado O Teorema Zero, e graças ao duas vezes vencedor do Oscar Christoph Waltz no elenco, muito já está se cogitando em Hollywood.
Neste post, o site PopMatters apontou os filmes pós-python, deixou de lado os curta-metragens e documentários.
10.
Irmãos Grimm Esse foi um filme extremamente comercial (com controle criativo completo), mas foi lançado com status cult para um enorme público.
O filme conta com os hollywoodianos Matt Damon e Heath Ledger, mas o chefe de estúdio Harvey Weinstein interferiu tanto, colocou tanta pressão sobre Gilliam nos bastidores que o diretor se sentiu “montado”.
Os resultados apareceram na tela, e o filme fez mais de US$ 100 milhões de dólares de bilheteria, o que teria sido bom, só que o orçamento foi de 88 milhões dólares.
9.
Jabberwocky Depois de terminar o trabalho em Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado (que ele co-dirigiu com Terry Jones), Gilliam estava ansioso para voltar para trás das câmeras.
Então, ele pensou neste filme de monstro com alguma sátira social e transformou-o em seu primeiro longa-metragem solo.
Os comentários foram mistos, mas o resultado final indicou o quanto o cineasta iria estabelecer sua própria voz no cinema.
8.
Tideland Um osso cinematográfico duro de roer.
Na verdade, existem duas versões do filme, uma lançada no exterior e outra para o público norteamericano. O cineasta odeia a última versão, muito comercial.
A história gira em torno de uma jovem que perde seu pai ao vício em heroína, enquanto a amizade com alguns excêntricos a preocupa com suas próprias questões.
7.
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus Gilliam nunca teve sorte como cineasta. Sua versão de Don Quixote nunca foi concluída devido a questões tão surreais que se tornaram a base de um documentário inteiro sobre o assunto.
Aqui, Heath Ledger morreu antes de completar todas as suas cenas, assim que o diretor contou com o favor dos amigos Johnny Depp, Colin Farrell e Jude Law.
Eles ajudaram a concretizar o material em falta, adicionando mais uma camada de surrealidade a um filme já transbordando com a assinatura dos alucinógenos de Gilliam.
O tema central, sobre o envelhecimento e a memória, é bem encapsulado pelo ator Christopher Plummer, enquanto o resto do filme brinca como uma paródia de todos os guias de auto-ajuda bobos.
6.
O Pescador de Ilusões De 1988 a 1998, Gilliam fez cinco obras-primas surpreendentes. Este é um filme bonito e doloroso.
É um olhar de forma positiva para a vida poética, talvez melhor exemplificado pelo insano mendigo interpretado por Robin Williams.
Uma vez que aprendemos a verdade sobre o que aconteceu com ele, e como Bridges está ligado ao mesmo, vemos a mensagem que Gilliam queria passar, e como é inebriante.
5.
Os Bandidos do Tempo Por que não podemos incluí-lo no rol das obras-primas? É um grande filme. E também é a base de todos os futuros vôos do cineasta Gilliam.
Por uma questão de fato, a cena final, onde Deus está proporcionando a exposição de tudo o que aconteceu parece estar ocorrendo diretamente dentro psique de Gilliam.
É ótimo, mas não verdadeiramente clássico.
4.
Os 12 Macacos Ninguém deu muita chance a este filme, na ocasião do seu lançamento inicial. Claro, O Pescador de Ilusões tinha sido um sucesso e ainda atingiu algumas temporadas de premiações.
Gilliam teve sorte na escolha do elenco, com Bruce Willis e Brad Pitt em ascenção na época. Eles transformaram o filme em um currículo do que eles e Gilliam fazem melhor.
3.
Medo e Delírio em Las Vegas Gilliam não foi o primeiro cineasta ligado a este projeto. Alex Cox, de Sid e Nancy estava com tudo pronto para dirigir a adaptação da obra do jornalista Hunter S. Thompson quando as tensões entre ele e o produtor levaram à sua demissão.
Gilliam entrou em cena, e com apenas 10 dias para elaborar um novo roteiro.
Johnny Depp e Benicio Del Toro são tão bons em seus papéis, tão realistas interpretando Raoul Duke e Thompson que você quase esquece quem eles são de verdade.
Em vez disso, eles habitam o mundo de Gilliam tão completamente que muitas vezes nos sentimos como vendo um documentário, e não uma obra de ficção.
2.
Brazil, o Filme Este é o filme que colocou seu nome no mapa.
Um exemplo impressionante de gênio criativo resumido a princípios distópicos de ficção científica.
Em essência, este é um filme sobre a fuga e a incapacidade para fazer isso.
Nosso herói, Sam Lowry, imagina-se um guerreiro alado contra a burocracia deprimente quando ele nada mais é do que uma peça em uma máquina complexa num futuro incoerente.
Alguns dizem que Gilliam foi profético com esse filme.
1.
As Aventuras do Barão Munchausen Por que é o número um? Por que nós escolhemos este antes de Brazil – O Filme, Os 12 macacos ou Medo e Delírio em Las Vegas?
Bem, a resposta é simples e também não é simples.
Em seu nicho, Gilliam é um artista mais parecido com Hans Christian Anderson do que qualquer um de seus colegas de Hollywood, e Munchausen ilustra este sentimento.
Ele tem todas as características de uma brincadeira de Gilliam (a história dentro de uma história), mas o resultado final é tão agradável, tão eterno em suas muitas delícias, que é tão eterno quanto qualquer conto de fadas poderia ser.
(com informações de PopMatters – 02-07-2013)