Entrevista: John Cleese fala sobre humor austríaco
Na semana passada, John Cleese deu uma entrevista ao jornal austríaco Tiroler Tageszeitung, onde falou sobre a sua autobiografia e explicou um pouco pra gente como é o humor austríaco.
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Sua autobiografia de 470 páginas termina com a criação do Monty Python, por quê?
“Porque a minha vida é tão fascinante. Um dia, eu estava comendo com Michael Caine em Barbados, e ele estava excepcionalmente de bom humor. Quando lhe perguntei o motivo, ele me disse que acabara de escrever sua autobiografia. Ele disse que tinha sido uma grande diversão lembrar de todas as partes de sua vida. Além disso, eu gostei muito de escrevê-la, olhando para o passado. Quando eu comecei, estava claro para mim que eu deveria terminar com Monty Python”.
WANDA
Planeja uma sequência?
“No segundo livro, vou escrever sobre Monty Python. Não terá muito sobre Fawlty Towers nem sobre Um Peixe Chamado Wanda ou outros filmes. Então, eu vou escrever sobre a minha empresa de cinema e os meus livros de psicologia”.
O humor pode mudar o mundo?
“Eu tenho o comediante britânico Peter Cook, que sempre admirei. Quando lhe foi feita esta pergunta, ele disse que Berlim em 1930 era um grande cabaret político, onde Hitler chegou ao poder e não havia como impedir”.
O humor britânico é lendário. Você pode aprender a ser engraçado?
“Eu acho que é como com tudo. Uma parte é o talento, a outra exercício. Quanto mais vezes você faz algo, mais ele fica no seu subconsciente. Acho que os austríacos têm um grande senso de humor, eles não levam tudo tão a sério. Todo inglês conhece a máxima austríaca: ‘A situação é impossível, mas não é grave'”.
Nota da redação: Humor em jornal austríaco, quem diria…