‘Benvenuto Cellini’, a ópera dirigida por Terry Gilliam
Terry Gilliam não dirigiu apenas filmes, mas uma ópera também.
Quando a ópera Benvenuto Cellini estreou em Paris, em 1838, foi taxada como “impossível de interpretar” pela orquestra e causou tumulto entre o público indignado.
Mesmo assim, Terry Gilliam e o co-diretor Leah Hausman passaram 18 meses pensando nela.
Agora, após dois dias ensaiando para a produção inglesa (que vai ser apresentada no próximo mês), Gilliam se senta em um café, come bolo de cenoura e descansa.
ÓPERA
Benvenuto Cellini foi escrita por Hector Berlioz. “Ele é grande”, suspirou Gilliam.
É enorme em todos os sentidos. Há mais pessoas nesta ópera do que tem normalmente. É mais cara, e exige uma grandeza de uma forma que é surpreendente até mesmo para nós.
Essa ópera pode ser considerada uma sequência de A Danação de Fausto, também dirigida por Gilliam, em 2011.
Para mim, é como dirigir um grande filme.
HISTÓRIA
Composta pelo francês Hector Berlioz, a ópera conta a história do escultor italiano Benvenuto Cellini, que viveu no século XVI, na cidade de Florença, e foi acusado de ter matado pelo menos quatro pessoas.
“Cellini é como Berlioz”, diz Gilliam. “É perigoso, viveu no limite, um grande artista. Eu sempre quis fazer parte disso”.
CARNAVAL
De volta ao ensaio, acrobatas e malabaristas praticam a cena do Carnaval, que é a principal cena. Na ópera de Gilliam, a ordem mundial é conservadora, puritana e repressiva, e o Carnaval vira tudo de cabeça para baixo.
Sim, é absolutamente pornográfica”, Gilliam confirma. “Uma pornô-ópera.
Depois disso, a conclusão a que chegamos é que quem taxou a ópera de “impossível de interpretar”, é porque não sabe que quem está no comando é um Python.