Terry Jones contou que foi um caos escrever o filme “Labirinto”
O filme Labirinto é um clássico infantil dos anos 80. Dirigido por Jim Henson, ele teve o roteiro escrito por Terry Jones.
Só que, em uma entrevista para o livro Life Before and After Monty Python, de Kim Howard Johnson, Jones contou que escrever o roteiro desse filme foi um verdadeiro caos.
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Quando Jim Henson abordou Terry Jones para escrever o roteiro do filme Labirinto, marcou o início de uma jornada criativa única.
PERSONAGENS
De acordo com o livro, o trabalho de Jones no roteiro foi influenciado por sua própria abordagem imaginativa, inspirando-se nos designs de personagens extravagantes do artista Brian Froud.
Jones disse que Jim Henson já tinha a história básica para o filme. “Mas eu só concordei em escrever o roteiro com base nos personagens. Eu apenas comecei do zero, usando os mesmos personagens. Eu tinha lido a sinopse dos personagens. Eram cerca de noventa páginas de história, mas eu achei que não funcionava de jeito nenhum, então originalmente eu disse que não estava interessado. Então, depois de algumas garrafas de vinho com Jim Henson, eu aceitei”.
DESENHOS
Terry Jones tinha todos os desenhos de Brian Froud em uma pilha. “Então eu sentei lá com esse esboço básico da história e todos esses personagens. Quando eu chegava a uma nova cena, eu simplesmente escolhia um personagem que eu gostava e escrevia uma cena em torno dele”.
DAVID BOWIE
Apesar de seu entusiasmo por Labirinto, Jones admitiu que encontrou desafios com a direção do filme. Ele inicialmente lutou com o conceito do labirinto em si, sugerindo que a história deveria enfatizar a jornada em vez do labirinto. Ele também se opôs à decisão de Jim Henson de ter o vilão, Jareth, interpretado por David Bowie.
Achei que o primeiro rascunho que escrevi era muito bom, realmente. Achei divertido e todos ficaram animados com ele. Então o meu roteiro desapareceu por um mês, e Jim voltou e disse ‘Temos alguns problemas’, e reescreveu o meu roteiro
ROTEIRO FINAL
Jones expressou sentimentos mistos sobre o roteiro final, reconhecendo que, embora alguns elementos que ele contribuiu tenham sido transformados positivamente pelos criadores de marionetes, ele sente que o filme representa uma mistura de diferentes visões criativas. Apesar dessas divergências, ele elogia o espírito colaborativo e a gentileza de Henson durante todo o processo.
Eu sempre senti que ficava entre as duas histórias. Jim queria que fosse sobre uma coisa, e eu queria que fosse sobre outra. Mas Jim foi ótimo, realmente incrível trabalhar com ele. De certa forma, minha melhor contribuição foi começar algo que os fabricantes de marionetes fizeram muito melhor e aprimoraram.