Flying Circus: o único esquete com punchline
O terceiro episódio da primeira temporada da série Monty Python’s Flying Circus nos apresenta uma novidade nesse mundo pythonesco: o punchline.
Mas o que é o punchline?
É aquela piada final, que dá sentido ao esquete. Esse é um artifício muito usado no humor americano, mas nunca usado nos esquetes do Monty Python.
Em vez da punchline, o nosso maravilhoso grupo usava links entre um esquete e outro, fazendo com que as piadas fossem cada vez mais nonsenses.
Apenas uma vez eles usaram um punchline. Foi no Esquete do Restaurante (Restaurant Sketch).
A revista Entertainment Weekly classificou esse como o melhor esquete do Flying Circus.
ESQUETE
Um homem (Graham Chapman) e sua esposa (Carol Cleveland) entram em um restaurante. Quando vê que seu garfo está sujo, Chapman educadamente pede ao garçom (Jones) para substituí-lo.
O garçom pede desculpas e chama o mâitre (Michael Palin), que exige que a equipe seja demitida.
O gerente (Eric Idle) chega e se desculpa “humildemente, profunda e sinceramente” pelo garfo sujo. Logo, ele se emociona ao explicar os problemas que o pessoal do restaurante vem sofrendo, e explode em lágrimas.
Mungo, o cozinheiro (John Cleese) entra, repreendendo o casal por criticar um homem tão vulnerável e balança o seu cutelo em sua mesa. O gerente se apunhala no estômago com o garfo sujo e cai no chão, morto.
Mungo levanta a faca sobre Chapman, quando o garçom o interpela:
“Mungo, nunca mate um cliente!”
Mungo está prestes a vingar a morte do gerente. A legenda diz: “E agora… O Punchline!”.
Chapman vira-se para a câmera e diz:
“Sorte que não disse nada sobre a faca suja”
O elenco todo vaia a piada de mau gosto, assim como o público.
Por fim, uma curiosidade é que, na Inglaterra, esse esquete é usado no currículo das escolas estaduais.